terça-feira, 23 de setembro de 2008

Corra da Felicidade, corra.


Porque um dia a Felicidade suposta e futura me virou às costas e desde então eu não paro de correr- minha vontade primeira era voar, olhar tudo do alto e em terceira pessoa, mas como a transcendência é uma arte impraticável àqueles sem paz de espírito, eu resolvi apenas continuar correndo- ligeira, para não avistar aquilo que se tornou um passado certo e triste, pra não relembrar o que me restou depois daquele dia em que a Felicidade presumida me disse que tinha uma companhia para aqueles tempos...Tempos de alegria. Pois foi, até a própria Felicidade estava em busca da felicidade que não se encontrava em mim. Não naquele dia, não é?! E o que mudou? Eu corri por tempos, mas ainda lembro... O que antes me rejeitara agora cobiça o impossível, pois de tanto correr eu me tornei intangível e distante. A Felicidade corre e eu corro. Corro tentando fugir.